Belém desfruta de um grande acervo de bens materiais e imateriais, móveis e imóveis, os quais possuem um grande valor cultural e que trazem em cada traço ou cor, uma lembrança da antiga Santa Maria de Belém do Grão-Pará. Inserido nesse contexto, está o Mercado de São Brás, localizado na Praça Floriano Peixoto, construído no início do século XX, de 01 de maio de 1910 à 21 de maio de 1911, para o uso de Mercado Público.
Criado pelo arquiteto italiano Filinto Santoro, o mercado possui sua estrutura construída em ferro e mescla elementos do art nouveau e neoclássico, com detalhes escultóricos também em ferro e azulejos decorativos. Foi construído em função da grande movimentação comercial gerada pela ferrovia Belém/ Bragança. Como o ponto final do trem era em São Brás, com muitas pessoas embarcando e desembarcando ali, a área se tornou atrativa para a comercialização de produtos. O mercado foi projetado também para ampliar o abastecimento da cidade, que até então ficava concentrado apena s no mercado do Ver-o-Peso.
Passou por uma grande reforma em 1988 na administração do prefeito Coutinho Jorge, com mudanças significativas nos seus aspectos espaciais e de uso. O mercado de peixe, ladeado pelos quiosques de mesmo estilo, formam o complexo cultural do Mercado de São Brás. A administração é feita pela Prefeitura Municipal de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Economia (Secon).
É tombado pelo Município, pelo Estado em conjunto com a Caixa D’água de Ferro, e está inserido na área de entorno de Bem tombado pelo Município “Escola Municipal Profª Benvinda de França Messias” portanto, protegido pela Lei nº 7.709/ 94 e pela Lei Estadual nº 5.629/ 90 .
Preservar é manter algo vivo mesmo que alterado, salvaguardando a memória social, o que deveria ser obrigação geral, pois é através da preservação que podemos compreender a nossa memória social, nossa identidade cultural, perceber e controlar o processo de evolução, para que possamos garantir às gerações futuras as referências de um tempo.